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“Potenciar a melhoria da produção agropecuária”
na ilha do Pico

Fábrica LACTOPICO

Desde há algum tempo a esta parte que este sector vive momentos de incerteza e isto também se prende com a dependência, ou melhor confusão, que nos bafeja quando positiva, nefasta quando negativa, dos poderosos centros de decisão da União Europeia, com a sua PAC – politica “Comum” para a agricultura e a negociação das quotas de pescado nas diversas espécies que abundam nos nossos mares.

Aqui tem aplicação plena neste particular a frase já célebre de Ferreira Leite: Quem paga manda… Sejam quotas de produção ou de captura de pescado, certo é que hoje, só com a compreensão e colaboração decisiva da governação regional autónoma dos Açores, e porque temos essa autonomia político-administrativa, poderemos ter algo de próprio, no que a ajudas financeiras específicas a este sector diz respeito, complementando assim todas as outras negociadas em Bruxelas pelo governo da república no âmbito do QREN 2007-2013 e esperemos que as saibam negociar novamente até 2020…

Agora e bem, como que dando confiança a uma geração de novos gestores das associações da fileira do leite e da carne na nossa ilha, o Secretário Regional, Noé Rodrigues, após reuniões com as estruturas associativas do sector agro-pecuário da nossa ilha – LactoPico e Associação Agrícola da Ilha do Pico – anunciou medidas a implementar dado que “invertida que foi a situação negativa que existia na LactoPico, a questão que se coloca agora é a de aumentar a produção leiteira da ilha, já que o produto saído daquela unidade “está a encontrar bom mercado” e lembrou, a propósito, que tal só tem sido possível graças ao investimento feito na melhoria das condições de funcionamento daquela unidade industrial e à colocação no mercado do queijo “Mistério”, um produto mais valorizado, que tem trazido melhoria da facturação, expansão de mercado e uma mais-valia aos resultados operacionais da LactoPico.”
Mas a ênfase que queremos realçar é a chamada de atenção para a necessidade de se diminuírem as importações “de matéria para alimento animal”, melhorando ainda mais as nossas pastagens e a produção local de forragens, alertando que “vamos ter previsivelmente um ano de 2011 com alguma turbulência nos mercados e temos que ter muita atenção a isso”, e assim sendo torna-se imprescindível um “esforço constante e conjunto” no sentido de melhorarmos a nossa capacidade de produzir matéria de alimentação animal “para sermos mais autónomos”.
O alerta vem muito a tempo. No entanto é imperioso que se continue a apostar na “melhoria genética do efectivo pecuário da nossa ilha e de um investimento sempre atento no seu estatuto sanitário e da renovação das pastagens, adiantando que o Executivo já tem aprovado um programa que se desenvolverá em pastagens dos baldios do Pico”.
Estes avisos são importantes, dão esperança, mas exigem responsabilização.

 

 

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